Valorizar e incentivar a inovação nas organizações e nos colaboradores: com essa ideia se deu a abertura do talk sobre inovação promovido pela Unimed Porto Alegre, que contou com a participação do diretor de Provimento de Saúde da cooperativa, Salvador Gullo Neto, do CEO da Grow+, aceleradora parceira da Unimed Porto Alegre, Paulo Beck, e do empreendedor e embaixador da Singularity University em Porto Alegre, Renato Cunha. O momento fez parte da primeira edição do RH Xperience, evento que reuniu fornecedores, clientes e colaboradores em uma jornada de cocriação para construir melhorias em processos, sistemas e políticas de gestão operacional do benefício da saúde.
Gustavo Schifino, criador do PIER X, foi convidado por Júlio Wilasco, superintendente de Marketing e Vendas da Unimed Porto Alegre, para contar a história do lugar, exemplo de inovação e tecnologia no Estado. "Espero que o PIER X seja uma inspiração para vocês quando precisarem trabalhar as ideias", incentivou o empresário. Para Salvador Gullo Neto, o processo acontece com base em três pilares: comportamento, conhecimento, e como colocar em prática. "Temos que parar de pensar apenas no produto e começar a ouvir mais as pessoas que trabalham conosco." Segundo ele, a área da saúde deve criar soluções pensadas em comportamentos, e não em doenças. Já para Paulo Beck, da Grow+, o público final e suas demandas devem ser a inspiração para que a inovação se concretize. "O cliente deve estar no centro de tudo", afirmou. Renato Cunha, da Singularity University, falou do ganho brutal de eficiência com a inovação. "A pergunta que fica é: como eu ganho eficiência encontrando soluções? É preciso expandir o olhar."
A atualização e expansão dos conhecimentos foi outro tema que esteve em pauta. Segundo Cunha, estudar e manter-se atualizado é de extrema importância para que as pessoas possam se adaptar às constantes mudanças. "Quando paramos de nos atualizar, nos tornamos inúteis", lembrou. Nesse sentido, o empreendedor afirmou ainda que as empresas não devem esperar um momento de atualização do colaborador, e, sim, ser a incentivadora dessa atitude. "Os gestores são os responsáveis pelo incentivo. Tudo bem que temos o indivíduo, que precisa estar disposto e aberto a essa mudança, mas a empresa precisa criar oportunidades para que isso ocorra." Já para Gullo Neto, o ensino do empreendedorismo deve ser valorizado e trabalhado internamente.
A implantação da inovação também ganhou espaço no talk e, para Cunha, não tem como ser realizada sem alterar a cultura organizacional da empresa. "Impossível aplicar a inovação sem mexer na cultura. É difícil, pois é como querer mudar a personalidade de uma pessoa", disse. Para Paulo Beck, que trabalha com aceleração de startups, as soluções procuradas podem estar nas empresas de inovação e tecnologia. "Temos que ficar atentos. O Bem-Startup Unimed é um exemplo disso. Soluções surgem com as startups, e é preciso prestar atenção para identificar aquelas que podem trazer benefícios", ressaltou, citando o programa de aceleração da Unimed Porto Alegre. O Bem-Startup Unimed contou com mais de 128 trabalhos inscritos na primeira fase do programa. Com esse programa, a expectativa da cooperativa é investir R$ 2 milhões em dois anos para acelerar até 20 startups, que receberão uma série de benefícios ao participar do programa. O segundo ciclo já começou e recebe inscrições até dia 3 de junho.
Para finalizar, os convidados destacaram uma situação que ocorre com frequência nas empresas: a falta de apoio na aplicação da inovação por parte da gerência. "A gerência, normalmente, não vai conferir as novidades fora do país, por exemplo. Isso causa desconhecimento e medo. Desconhecimento por não saber o que pode ser a solução ou não, e medo de perder o poder ou ainda ser substituído por uma máquina", enfatizou Renato Cunha.
A jornada de cocriação ao longo do dia envolveu atividades e discussões em grupo, apontando potenciais melhorias e soluções para melhorar a experiência e satisfação do cliente, trabalhando a diretriz de inovação da cooperativa.