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 29/03/2018 - Institucional

 Evitar açúcar na infância previne riscos futuros

 Hábitos saudáveis praticados desde cedo auxiliam na prevenção de cáries e câncer relacionado à obesidade

​É difícil manter a alimentação de crianças e adolescentes equilibrada. Quando chega a Páscoa, essa missão fica praticamente inviável. Os pequenos esperam ansiosamente pelos ovos de chocolate e guloseimas. Porém, o que os pais devem atentar nessa época é para o consumo excessivo desses produtos, que contêm um ingrediente muito comum: o açúcar adicionado, aquele que não está presente naturalmente nos alimentos.

Visto como o grande vilão na alimentação de crianças e adolescentes, o açúcar adicionado pode ser encontrado em produtos industrializados como chocolates, balas, refrigerantes, bolos e biscoitos. De acordo com a Associação Americana do Coração, o consumo recomendado para a faixa etária entre 2 a 18 anos é de menos de seis colheres de chá desse tipo de açúcar por dia. Já os menores de dois anos não devem consumir nenhum tipo de alimento que tenha o produto como ingrediente.

Para a coordenadora do Programa Viver Bem, da Unimed Porto Alegre, a médica Sílvia Kretzer, há opções de alimentos que podem substituir e evitar o consumo de tal açúcar. "Frutas frescas e variadas, legumes de cor verde-escura, vermelha e laranja, grãos integrais, laticínios que contenham baixo teor de gordura e proteínas magras podem auxiliar na manutenção de uma alimentação saudável", ressalta Sílvia. A especialista lembra que a inclusão de hábitos saudáveis deve ser feita ainda na infância. "Essa tarefa deve ser diária e praticada também pelos pais. Isso irá refletir-se positivamente nas preferências alimentares na fase adulta", afirma.

Ainda segundo Sílvia, os pais devem atentar ao consumo de tal açúcar devido a sua presença constante em produtos do dia a dia. "Os alimentos que contêm esse tipo de açúcar são pobres em nutrientes, além de elevar o risco de doenças cardiovasculares, hipertensão, cáries e câncer relacionado à obesidade", ressalta. Outro alerta fica por conta da leitura dos rótulos dos produtos na hora da compra: "São considerados açúcares adicionados ingredientes como açúcar mascavo, xarope de milho e mel".

Mas, com tanto estímulo ao consumo de chocolate nessa época do ano, será que é possível fazer escolhas mais saudáveis para nós e para os pequenos? A verdade é que é possível, sim, comer chocolate em pequenas porções e sem culpa. Para isso é muito importante aprendermos a selecionar o produto que seja menos nocivo à saúde. O primeiro ponto é escolher chocolates com mais alto índice de cacau, preferencialmente acima de 70%. O segundo é ler o rótulo: se o primeiro ingrediente for açúcar, esse chocolate não é uma boa opção. O ideal é que o primeiro ingrediente seja um derivado de cacau, geralmente descrito como massa de cacau. Outra coisa que vale para o chocolate e muitos outros produtos é "quanto menos ingredientes, melhor". Isso significa fugir dos chocolates que, além do cacau (que já é naturalmente rico em gordura), tenham adicionado outras formas de gordura, especialmente as hidrogenadas, ou ainda que contenha muitos aromatizantes e conservantes.

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